Em breve, a CETESB substituirá esponja multiúso por bucha vegetal
Quando se fala em sustentabilidade é comum se pensar em grandes temas: combater o desmatamento, a poluição do ar, da água, do solo e a extinção de espécies. Mas há pequenos cuidados que podem ser feitos no dia a dia. Repensar atos de consumo, tornando-os mais conscientes, é uma forma de promover o equilíbrio ambiental.
Pensando nisso, a CETESB, com a concepção e coordenação do Setor de Armazenamento e Controle Patrimonial – AASA, da Divisão de Suprimentos – AAS, do Departamento de Suprimentos e Serviços Administrativos – AA, da Diretoria de Gestão Corporativa, está substituindo, gradativamente, o uso da esponja, aquela verde-amarela, pela bucha vegetal.
A esponja multiúso, comumente usada para lavar louças, possui em sua composição espuma de poliuretano e fibra sintética. Grosso modo, significa que é feita de plástico, sendo de difícil reciclagem, gerando uma preocupação ambiental.
Além disso, com uso da esponja, sem a devida higienização, criamos um depósito de bactérias, como a E.coli e a Salmonella. A ingestão de alimentos contaminados, por exemplo, por essas bactérias pode causar diarreias e outras infecções gastrointestinais.
Por outro lado, a bucha vegetal é um produto natural. É uma planta trepadeira da família das cucurbitáceas, a mesma das abóboras e dos pepinos. Muita conhecida e usada para esfoliação da pele, possui outras utilidades e benefícios, às vezes, ignorados.
Cientificamente, chama-se luffa, mas possui outros nomes como mamalongo, quingombô e, comumente, bucha. Isso se deve a um de seus usos. Durante a Guerra do Paraguai, por exemplo, a planta era utilizada para embuchar as armas de fogo, daí o nome popular: bucha.
De origem asiática, o que muita gente não sabe, é que a bucha vegetal é comestível. Em países, como China, Coreia e Japão, está presente no cardápio de muitas famílias. Come-se quando fruto é bastante jovem, em refogados ou assados.
A bucha é 100% biodegradável, durável e excelente na limpeza diária, na CETESB será utilizada nas copas dos andares e em alguns laboratórios.
Depois do uso, para evitar qualquer propagação de bactérias, é só lavá-la e deixá-la secar completamente, de preferência no sol. Quando ficar velha, ela pode ser picada e usada em fundo de vasos, não gerando lixo.
Depois do projeto, a equipe da AASA teve outra ideia: no futuro plantar as sementes da bucha vegetal na horta da CETESB.
Texto: Cristina Leite