Em relação a algumas notícias que vem sendo veiculadas em função da nota emitida pela CETESB, em 30/03/2020, intitulada ”CETESB constata diminuição da poluição na Grande São Paulo durante a quarentena do coronavírus”, esclarecemos que:
Embora tenha havido uma queda nas concentrações de monóxido de carbono na Região Metropolitana de São Paulo, está queda não foi de 9 ppm para 1 ppm. Conforme explicado pela nota, a concentração de 1 ppm (média de 8h) refere-se a máxima concentração observada no período de 20 a 30/03/2020, que foi medida na Marginal Tietê – Ponte dos Remédios. Já o valor de 9 ppm refere-se ao padrão de qualidade do ar para este poluente, estabelecido no Decreto Estadual 59.113/2013 e também é o valor de referência preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em função dos programas de controle efetuados ao longo do tempo, as concentrações de monóxido de carbono usualmente vêm se mantendo baixas, sendo que o valor de 9 ppm não é ultrapassado na RMSP, desde 2008. A nota quis apenas exemplificar o valor observado durante o período de quarentena, frente ao padrão de qualidade do ar para este poluente.
A própria nota afirma que pelo fato da qualidade do ar ser também fortemente influenciada pelas condições meteorológicas de dispersão dos poluentes, é complexo quantificar exatamente a contribuição da redução atual das atividades na melhoria da qualidade do ar, durante o período da COVID-19.
Desta forma, é equivocado afirmar que as concentrações de monóxido de carbono caíram de 9 ppm para um 1 ppm, na RMSP, em função da quarentena.