Você está visualizando atualmente CETESB autua mais de mil veículos a diesel por emissão de fumaça preta

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Operação foi intensificada e ocorreu em 42 pontos nas principais rodovias do Estado; objetivo é controlar a emissão de poluentes, especialmente no inverno.

Durante fiscalização nesta terça-feira (11), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) autuou 1.108 veículos a diesel, após constatar emissão de fumaça preta acima do nível permitido pela legislação ambiental. Em 2019, as equipes dobraram os pontos de fiscalização de 21 para 42. A ação tem o objetivo de minimizar os efeitos da poluição no ar. Nesta operação, foram fiscalizados 63.126 veículos.

No período do inverno, a CETESB intensifica a fiscalização em parceria com as Polícias Militar, Ambiental, Rodoviárias Estadual e Federal. Paralelamente, a empresa promove campanhas educativas com o objetivo de conscientizar motoristas sobre a importância da manutenção do veículo para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, especialmente, no período mais seco do ano.

A presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, explica que o objetivo da operação não é punir, mas conscientizar “especialmente nesta época do ano, em razão da falta de chuvas, aumento da poluição atmosférica e consequentemente das complicações respiratórias. Nosso objetivo é chamar a atenção da população para que se engaje nesta questão ambiental e de saúde pública. A CETESB possui um Programa para melhoria da manutenção de veículos a diesel, no qual o valor da multa pode ser reduzido em até 70%, caso o responsável comprove que os problemas do veículo foram sanados”.

O monitoramento é feito por meio da Escala de Ringelmann, que compara a densidade da fumaça emitida com os padrões de cinza impressos na escala. Essa fiscalização ocorre com o veículo circulando, sem a necessidade de parada. Outro equipamento utilizado é o opacímetro, que capta a fumaça emitida por meio de uma sonda introduzida no escapamento, enviando os gases para uma câmara dotada de uma fonte de luz e um receptor onde a fumaça é analisada. Há ainda a análise com o ARLA32, um reagente químico composto por 32,5% de ureia de alta pureza que reduz a emissão de óxido de nitrogênio (NOx) nos gases de escape dos veículos, por meio de um catalisador. A checagem deste componente é feito por um equipamento chamado de refratômetro ou pela adição de uma substância no produto que altera a sua cor, deixando-o azulado se for original.

A multa para quem for flagrado com o veículo em condições irregulares é de R$1.591,80, que pode dobrar em caso de reincidência no período de um ano.

Histórico

A ação ocorre desde 1984, nos meses de maio a setembro, e prevê mensagens educativas, conversa com motoristas em terminais de cargas, além de megacomandos em rodovias da capital, litoral e interior. Em 2018 foram fiscalizados 151.349 veículos a diesel e aplicadas 2.930 autuações.

Segundo o relatório “Operação Inverno Qualidade do Ar 2018” elaborado pela CETESB, a concentração média de MP10 (partículas inaláveis geradas a partir da queima de combustível que ficam suspensas no ar), durante o período de inverno entre maio e setembro, a Região Metropolitana da capital alcança um aumento de 28%. O documento mostra que a média anual é de 29 micrograma/m3 e que no período do inverno chega a 37 micrograma por m3. Mesmo com a elevação durante o período, não há violação do padrão estabelecido pelo Decreto Estadual 59.113/2013 que determina a concentração máxima de 40 micrograma.

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