Carlos Roberto dos Santos, presidente da Cia., participou da mesa Abastecimento e Meio Ambiente: o Papel dos Biocombustíveis
A cada dois anos – desde de 2007 – a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) realiza o Ethanol Summit, evento que reúne empresários, autoridades de diversos níveis governamentais, pesquisadores, investidores, fornecedores e acadêmicos do Brasil e do exterior. A sexta edição foi realizada nos dias 26 e 27 de junho, no WTC Events Center, na capital paulista.
Um salto para 2030 foi o tema escolhido pela organização do evento para marcar essa edição. Mais que um tema, este foi o objetivo traçado pelo setor e discutido exaustivamente pelos participantes do Ethanol Summit. Quem esteve no evento pode acompanhar quase uma centena de palestras, apresentações, discussões e debates que aconteceram em grandes plenárias e painéis temáticos. Como é impossível assistir a todas, na próxima semana a UNICA vai disponibilizar em seu site vídeos com todas as palestras.
O presidente da Cetesb, Carlos Roberto do Santos participou da mesa Abastecimento e Meio Ambiente: o Papel dos Biocombustíveis ao lado de Miguel Ivan Lacerda, diretor de Biocombustíveis do Ministério do Meio Ambiente; Leonardo Gadotti, presidente executivo do Sindicom; Plínio Nastari, conselheiro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE); Aurélio Amaral, diretor de Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Luciano Rodrigues, da ÚNICA, foi o moderador das discussões.
As discussões deste painel giraram em torno da expansão da produção de biocombustíveis e o fortalecimento do mercado de etanol em âmbito internacional e a redução da emissão de gases de efeito estufa. Também foram discutidos o papel da tecnologia flex e dos biocombustíveis no combate ao aquecimento global e a geração de energia elétrica a partir da biomassa de cana para o Sistema Interligado Nacional.
“O Brasil dá uma aula para o mundo.” – disse Carlos Roberto dos Santos ao se referir ao etanol no início de sua fala. Exemplificou mostrando dados sobre a qualidade do ar em cidades com Londres, Paris e Nova York, que utilizam mais o diesel, em relação às principais cidades brasileiras, onde a qualidade do ar vem melhorando com o uso cada vez mais do etanol.
Em seguida, Carlos Roberto explanou sobre a história do uso automotivo do etanol, que teve início na primeira crise do petróleo, em 1973, passando pela criação do Proálcool, em 1975, e o desenvolvimento de motores adaptados para o uso de etanol, durante a segunda crise do petróleo, em 1979, chegando à introdução dos veículos flex, em 2003, que, “definitivamente, contribuiu para a diminuição da poluição e do efeito estufa”.
Carlos Roberto falou também sobre o Protocolo Ambiental assinado pelo governo de São Paulo com o setor sucroenergético, que completou 10 anos, e que foi renovado durante a abertura do evento pelo governador Geraldo Alckmin e a ÚNICA. Dentre os ganhos do protocolo, falou ainda que houve uma redução de 90% da queima da palha-de-cana no estado de São Paulo, uma redução no consumo de água (de 5 m³/t de cana para 0,9 m³/t) e a proteção e restauração de nascentes e matas ciliares.
Texto e fotos: Dirceu Rodrigues