Duas equipes do Departamento de Áreas Contaminadas da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) acabaram de voltar da Antártida. Isso mesmo: lá da gelada casa dos pinguins. A companhia participa da recuperação da área onde ficava a antiga sede da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
A estação brasileira foi destruída por um incêndio em fevereiro de 2012, o que provocou a contaminação do solo. Referência no assunto sobre áreas contaminadas, a Cetesb foi então convidada a ajudar na elaboração do plano de remoção de resíduos do local e, mais tarde, a contribuir também no processo de descontaminação.
A Antártida, considerada uma reserva natural, passou a ser um território de livre exploração científica desde 1959, quando vários países assinaram o Tratado Antártico. Esse documento define também algumas regras ambientais que devem ser respeitadas por todos os interessados no potencial científico do continente. O Brasil assumiu o compromisso de não deixar nenhum tipo de resíduo no solo antártico.
Até o momento, a Cetesb realizou seis expedições para a Antártida – praticamente uma por ano, com duração de um mês cada. Cíntia Hanna Santos Bondioli e Danielle da Silva Martins, do Setor de Reutilização de Áreas Contaminadas participaram da viagem mais recente. Embarcaram em dezembro em direção à Península Keller, no interior da Baía do Almirantado, onde a temperatura média anual é de -2,8 graus Celsius.
“É um trabalho interessante de se fazer. Bem diferente do que fazemos aqui dentro da Cetesb. Aqui, nós fazemos auditoria de áreas contaminadas e lá temos a oportunidade de irmos a campo e ir um pouco mais além do que vivemos dentro da companhia”, disse Cintia.
André Silva Oliveira seguiu mais tarde, quando as outras duas colegas já voltavam ao Brasil. Sua ida dá continuidade ao trabalho começado por elas dentro do projeto de construção de uma nova estação na Antártida.
“Eu acompanhei de perto as obras da futura estação brasileira na Antártica. Via as escavações e coletei amostras. Foi bem bacana ver essa obra de perto. A obra é bem grande e tem várias frentes de trabalho”, afirmou Oliveira
Os três dividiram com nossa reportagem um pouco dos registros que eles fizeram da viagem para a Antártida, incluindo desde voos em aviões de guerra a pequenas regatas em botes no meio do gelo. Dá só uma olhada na maravilha:
https://youtu.be/dMG6R2rDtW4