Técnicos da CETESB monitoraram o Rio Ribeira e afluentes em decorrência dos episódios do último dia 13 de janeiro, concluindo que a grande quantidade e alta concentração de material em suspensão – que pode conter tanto partículas orgânicas (nutrientes, folhas, algas etc.) como inorgânicas (silte e argila) – verificada nas águas do Ribeira de Iguape foi a causa da mortandade de peixes constatada ao longo do rio. Esse material em suspensão foi lançado no Ribeira através do Rio Palmital, que passa por Itaoca, na região do Alto Ribeira.
Conforme os técnicos da Companhia, o que no início dos atendimentos emergenciais na região vinha sendo denunciado como um possível vazamento de óleo, que teria formado uma extensa mancha, que poderia estar contaminando o rio e matando os peixes, na realidade trata-se dessa grande quantidade e alta concentração de material em suspensão, nocivas à ictiofauna, por provocarem obstrução das brânquias, levando os peixes à morte por asfixia. A turbidez característica dessa elevada concentração de material em suspensão presente na água acaba por limitar a quantidade de alimento disponível no meio, ao reduzir a penetração de luz, afetando a taxa fotossintética e, consequentemente, toda a cadeia alimentar.
A mortandade de peixes foi observada a partir de Iporanga e seguindo curso abaixo, passando por Eldorado e Sete Barras. A CETESB solicitou à Defesa Civil, para que orientasse a população a não consumir os peixes mortos, assim como à Sabesp a manter o monitoramento da mancha de alta concentração de material em suspensão, a fim de evitar prejuízos à captação de água para consumo humano.