A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, que desde 2000 vem aperfeiçoando o trabalho de gestão de áreas contaminadas, firmou convênio com as universidades de Waterloo e de Guelph, do Canadá; com a participação das paulistas USP – Universidade São Paulo e UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” e a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas – ABAS, para o desenvolvimento de pesquisas conjuntas relacionadas ao trabalho de remediação de áreas contaminadas por produtos químicos.
As parcerias foram oficializadas no dia 14.06, através de um Protocolo de Intenções assinado pelos dirigentes das instituições.
As universidades de Waterloo e de Guelp, com campus na cidade de Ontário, se destacam no cenário internacional desenvolvendo estudos, pesquisas e projetos na área de geologia, hidrologia e hidrogeoquímica das águas subterrâneas e, por muitos anos, preparam profissionais altamente qualificados que trabalham em diferentes partes do mundo.
“O acordo permite maior geração de conhecimento numa área carente de produção científica e uma oportunidade única de reunir órgãos públicos, governos regionais e a área acadêmica para induzir políticas públicas na área de remediação de sítios contaminados”, afirmou o presidente da CETESB, Fernando Rei.
Para o secretário executivo da ABAS, Everton de Oliveira, cuja entidade já mantém uma parceria com a universidade de Waterloo através de um trabalho de capacitação de seus associados no curso de pós-graduação oferecido pela instituição canadense na área de contaminantes orgânicos, esta parceria permitirá melhorar o conhecimento da caracterização e das técnicas modernas de remediação de águas subterrâneas contaminadas, além de propiciar a descoberta de novos talentos na área.
Serão realizados experimentos práticos de campo focados em algumas áreas
contaminadas identificadas pela CETESB, que desde 2002 mantém um cadastro que já somam 2.904 áreas no estado.
Esses experimentos reforçarão o trabalho de capacitação iniciado há dez anos pela agência ambiental paulista, através de um acordo de cooperação técnica com o governo da Alemanha, por intermédio da Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit – GTZ.
Também haverá o intercâmbio de estudantes e pesquisadores das universidades participantes do acordo e técnicos da agência ambiental, para estimular o avanço da educação científica e tecnológica na área de qualidade de solo e águas subterrâneas.
Participaram, ainda, da assinatura do protocolo a cônsul geral do Canadá; Abina Dann; José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP, Roberto Naves Domingos, diretor do Centro de Estudos Ambientais (CEA) da
UNESP e Ana Cristina Pasini da Costa, diretora de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental.
Texto
Renato Alonso
Fotografia
José Jorge