A CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental acaba de assinar um acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS, Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde – OMS, pelo qual vai receber US$ 36,9 mil para o cumprimento de mais uma etapa do programa de cooperação técnica, que prevê a transferência de conhecimentos na área de atendimento a emergências para países da América do Sul e América Central.
Os termos da carta-acordo, assinada pelo presidente Rubens Lara e pelo diretor de Controle de Poluição Ambiental, Otávio Okano, fazem parte das atribuições da CETESB como Centro Colaborador da OPAS na Preparação em Emergência para Casos de Desastres com Substâncias Químicas, designação essa obtida em 1992.
No âmbito desse acordo, a CETESB deverá, ainda até o final deste ano, por intermédio do Setor de Operações de Emergência, desenvolver um cooperação com o Equador compreendendo visitas técnicas a diversas instituições como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e órgãos ambientais e do setor saúde, para coletar dados e propor sugestões para aprimorar o sistema de resposta a emergências químicas daquele país. Além disso, técnicos da área de atendimento a emergências deverão ministrar dois cursos sobre “Prevenção, Preparação e Resposta a Desastres com Produtos Químicos Perigosos”, um dos quais será realizado em Quito, no Equador.
Os cursos, com cinco dias de duração, serão dirigidos a autoridades, técnicos e especialistas de instituições que atuam na área de emergências ambientais, tanto do Equador como dos países vizinhos. O curso anterior, nos mesmos moldes, organizado e ministrado pelos técnicos do Setor de Operações de Emergência, aconteceu no Panamá, em outubro de 2003, com a participação de 30 alunos.
A experiência que a CETESB está repassando é fruto da experiência acumulada ao longo de 27 anos pelo Setor de Operações de Emergência, que conta com certificação de qualidade pela ISO 9001 desde o início de 2002. “Desde a sua criação, em 1978, até 2004, a CETESB por intermédio dos técnicos do Setor de Operações de Emergência e das agências já atendeu a um total de 5.884 ocorrências envolvendo produtos químicos. ” Desse total, 550 envolveram postos de gasolina; 434, atividades industriais; 2.202, transporte rodoviário; 322, transporte marítimo; 168, transporte por duto; e 56, transporte ferroviário.
Quanto às classes de risco envolvidas nos acidentes, 33,7% foram com líquidos inflamáveis, 11,4% com produtos corrosivos, 6,2% com produtos perigosos diversos e 2,7% com produtos tóxicos e infectantes, entre outros. De 1999, quando houve um aumento significativo de casos, até o ano passado, foram 3.050 atendimentos emergenciais, com uma média de mais de 500 ocorrências atendidas por ano.
Texto
Mário Senaga