A Régis Bittencourt – BR-116, que liga São Paulo a Curitiba, é uma das principais rodovias brasileiras, estabelecendo a ligação entre os polos econômicos do Sul e do Sudeste, e também com os países do Mercosul. No trecho próximo a São Paulo, o tráfego médio diário é superior a 20 mil veículos, com um expressivo volume de ônibus e caminhões.
Cargas de todo tipo trafegam pelos seus 401,6 quilômetros de extensão, incluindo produtos químicos perigosos que, em caso de derramamento, podem colocar em risco a saúde da população e a integridade do meio ambiente.
Por esse motivo, inúmeras precauções são tomadas para evitar a ocorrência de acidentes, e quando isso não é possível, para que medidas emergenciais sejam tomadas com urgência.
Uma das ações com essa finalidade é a realização de simulados de acidentes, como o que ocorreu, em13.09, na cidade de São Lourenço da Serra, na altura do km 299 da Br – 116, junto à praça do pedágio.
O objetivo foi testar a capacidade de resposta dos órgãos responsáveis pela segurança da população e do meio ambiente, como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal, a prefeitura e a Autopista Régis Bittencourt, que detém a concessão para operar a rodovia.
O simulado foi iniciado por volta das 10h00, com a encenação de um carro de passeio abalroando um caminhão-tanque transportando álcool combustível.
Os dois ocupantes do automóvel, que teriam se ferido, foram removidos para um hospital da região pela equipe de resgate da concessionária. O Corpo de Bombeiros, que coordenou o exercício, procedeu ao estancamento do vazamento fazendo o devido reparo na válvula do tanque, que teria se rompido no choque com o automóvel.
Os técnicos da Defesa Civil “cuidaram” da comunidade residente nas proximidades, removendo-a para um lugar seguro diante da possibilidade de uma explosão ou de riscos de incêndio.
A CETESB, que sempre tem uma atuação destacada em eventos dessa natureza, foi representada pelos técnicos do Setor de Operações de Emergência, Carlos Ferreira Lopes, Luciano de Oliveira e Antonio da Silva, além do gerente Jorge Nobre Gouveia. A primeira providência foi o monitoramento da área para medir o índice de inflamabilidade, seguindo-se a avaliação dos impactos sobre a vegetação e os corpos d’ággua.
Segundo Lopes, os simulados são importantes para fomentar a necessária articulação entre os órgãos públicos e privados, com a finalidade de promover a resposta mais ágil e eficiente em casos de emergências com produtos químicos, treinando adequadamente o pessoal envolvido quanto aos procedimentos a serem seguidos
Texto
Newton Miura
Fotografia
Setor de Operações de Emergência