A Cetesb constatou a presença da microalga “Dinophysis acuminata”, produtora de uma toxina que causa diarreia, na Ponta da Praia em Santos, no Guaraú, em Peruíbe e na praia das Cigarras, em São Sebastião. Essa toxina é encontrada em moluscos, como ostras e mexilhões, organismos marinhos que filtram a água do mar e acabam acumulando a substância em seus músculos. No final de junho, esse mesmo microorganismo, do grupo dos chamados dinoflagelados, já havia sido encontrado nas praias de Martin de Sá e Cocanha, em Caraguatatuba.
Os resultados das análises em laboratório foram comunicados ao Centro de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde, para que alerte as prefeituras da região, do setor de pesca e, principalmente a população, da necessidade de se evitar o consumo de moluscos neste período. A Cetesb também recomenda que se evite contato direto com a água nessas praias e onde a presença de uma mancha marrom/avermelhada seja visível.
A primeira ocorrência da microalga tóxica foi registrada em Santa Catarina e no Paraná. Desde a semana passada, o fenômeno é registrado no litoral paulista, trazidas pelas correntes marítimas. Os técnicos da Cetesb acreditam que esta ocorrência pode se perdurar, na costa paulista, por um período de até 30 dias, quando as algas devem se deslocar para outras regiões costeiras em direção norte ou para alto mar, dependendo das condições oceânicas.