A OMS – Organização Mundial da Saúde, em publicação de 2021, mostra preocupação com os teores de “black carbon” – carbono negro respirados pela população.
A origem é a queima de combustível tanto pelos veículos automotores como pela indústria, sendo que o “black carbon” faz parte da fração mais fina do material que se respira, denominada MP2,5. É constituído basicamente de carbono na sua forma elementar. A quantificação desse material na atmosfera é custosa, não só pelo método de análise, mas principalmente pela forma cuidadosa como deve ser feita a coleta das amostras.
Visando obter dados cada vez mais completos da poluição do ar em São Paulo, e assim aperfeiçoar os controles ambientais, a CETESB busca otimizar ao máximo seus recursos disponíveis. Neste caso, o Setor de Amostragem e Análise do Ar desenvolveu metodologia de medição de carbono negro, otimizando o uso de amostras coletadas rotineiramente.
Para tanto desenvolveu, a partir da análise de mais de 400 amostras, método de aferir o teor de carbono elementar utilizando método ótico em filtros onde não se pratica usualmente esse tipo de análise.
A própria OMS afirma que medições de carbono elementar efetuadas em filtros e relacionadas com parâmetros óticos, são muito mais simples e baratas que as de medições de carbono elementar utilizando outros métodos e, portanto, muito mais aplicáveis globalmente. Recomenda ainda que essas medições devem ser realizadas sistematicamente.
Os resultados indicaram a viabilidade deste tipo de análise e abrem perspectivas para sua utilização nos centros urbanos de São Paulo e também do Brasil.
Acesse o relatório em: Carbono Elementar no Material Particulado Inalável Fino (MP2,5): Comparação da determinação por método termo-ótico e de refletância