O evento ocorre durante o 8º Seminário Internacional da Água
Em comemoração ao Dia Mundial da Água, a diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, participou na terça-feira, 23 de março, do 8º Seminário Internacional da Água – Água para mim, organizado pela ASEC CETESB – Associação dos Engenheiros e Especialistas da CETESB e do Meio Ambiente, com apoio da AESabesp- Associação dos Engenheiros da Sabesp.
No encontro, transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da AESabesp, focou sua apresentação nas ações da CETESB dentro do projeto “Novo Rio Pinheiros”, como o licenciamento das obras de ampliação da infraestrutura de coleta e tratamento de esgotos domésticos, o controle e fiscalização dos lançamentos de efluentes industriais e o licenciamento das cinco Unidades Recuperadoras que estão sendo instaladas nos córregos Pirajuçara, Águas Espraiadas, Cachoeira, Jaguaré e Antonico, que vão retirar o esgoto diretamente desses efluentes do Pinheiros.
Segundo Patrícia Iglecias, o monitoramento da qualidade da água do rio Pinheiros, feito por meio de 22 pontos de amostragem manual e 1 ponto automático, demonstra que a qualidade da água vem melhorando progressivamente, principalmente no Pinheiros Superior, entre a Usina São Paulo e Pedreira. Já no Pinheiros Inferior, da Usina São Paulo até Retiro, ainda apresenta déficit do Oxigênio Dissolvido (OD), estabelecendo a necessidade de medidas complementares, além das mais de 95 mil imóveis ligados ao sistema de tratamento da Sabesp, para se alcançar a meta de revitalização do Pinheiros, beneficiando mais de três milhões de pessoas no entorno da Bacia.
De acordo com os dados de monitoramento da CETESB, também ocorre em determinados trechos do rio uma melhora da concentração de matéria orgânica, medida pelo COT – Carbono Orgânico Total e uma contribuição positiva do desassoreamento para a qualidade do Pinheiros, onde a presença de contaminantes industriais no sedimento é significativamente baixa.
Para Patrícia Iglecias, este é um projeto integrado de governo que vem dando certo e já mostra resultados positivos, que impactará diretamente na qualidade de vida e de saúde da população e que possibilitará a reintegração urbana do rio, com a prática de atividades no entorno, seguindo projetos como o do rio Sena, na França.
Porém, ressalta que não basta apenas transferir ao Poder Público toda a responsabilidade da despoluição do rio. “A população também precisa se conscientizar e não jogar “lixo” no Pinheiros e afluentes, fazendo assim a sua parte. Sem essa parceria, não conseguiremos alcançar o resultado desejado”, frisou.
No painel da manhã “Clima e Recursos Hídricos”, houve ainda a participação da geógrafa Carmen Lúcia Midaglia, da CETESB, que apresentou a palestra Monitoramento, Sustentabilidade e Governança das Águas na Agenda 2030.