Patrícia Iglecias participa da abertura oficial da 2ª edição do Seminário de Economia Circular e Sustentabilidade, em 10/12, em evento promovido pela Fundação Vanzolini e CREA/SP.
A Fundação Vanzolini – FCAV e o CREA/SP promoveram, em 10/12, a 2ª edição do Seminário Economia Circular e Sustentabilidade na cadeia produtiva. A edição teve como convidada, para abertura oficial do evento, a diretora-presidente da Cetesb e professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – USP, Patrícia Iglecias.
Nas palavras da diretora, a economia circular interage com o que é comumente chamado saúde do sistema, ou seja, a necessidade de equacionar fatores de elementos sociais, ambientais e econômicos. Essas fontes são tão importantes que, hoje, constam das diretrizes dos fundos de investimentos, envolvendo a denominada Agenda ESG, em inglês, environment, social and corporate governance, ou governança ambiental, social e corporativa.
“A questão da economia circular nunca foi tão essencial quanto agora. Essa relevância traz algo de novo que, a meu ver, é sinônimo de eficiência da produção”, argumentou a dirigente.
Ressaltou que o Estado de São Paulo sempre mostrou preocupação com as questões de sustentabilidade. A Logística Reversa, por exemplo, teve um crescimento de 45%, entre os anos de 2018 e 2019. Adiantou que, nesta mesma data, 10/12, serão lançados novos termos de compromisso de Logística Reversa com novos setores.
A diretora-presidente comentou a publicação da Resolução nº 47, pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, decorrente de um trabalho técnico da CETESB com o uso de resíduos para geração de energia, que teve parceria da Escola Politécnica da USP.
Citou o setor de cana-de-açúcar, com a utilização sustentável dos resíduos, que passam a gerar energia. Outro exemplo está no setor da construção civil. Nos próximos dias, será lançado o Sigor – módulo construção civil, que trata do gerenciamento estadual online dos resíduos da construção civil.
Patrícia Iglecias mencionou a relevância do Acordo Ambiental São Paulo, lançado às vésperas da COP de Madri, à época com 55 aderentes, e que conta, hoje, com 184 adesões de diversos setores econômicos e empresariais do Estado. “A CETESB, dentro da Câmara de Mudanças Ambientais, trabalha em prol das metodologias aceitáveis às empresas, para que possam reportar suas ações para a redução de emissões, contribuindo para o cumprimento dos desafios e das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris”, afirma.
Por último, a presidente focou na importância da troca de experiências para o avanço da economia circular. Colocou a CETESB à disposição da sociedade, enfatizando o programa CETESB de Portas Abertas, que recebe empreendedores para tratar de questões sobre licenciamento, de modo que os processos sejam mais rápidos, eficientes e ambientalmente corretos.
Participaram da abertura oficial do evento, além da diretora presidente, o professor João Amato Neto, presidente da Diretoria Executiva da Fundação Vanzolini -FCAV, a professora Marly Monteiro de Carvalho, chefe do departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica, engenheiro José Garcia, chefe da unidade UGI Sul/CREA-SP, com moderação de Marilene Vasconcelos, da Fundação Vanzolini.
Texto: Cristina Leite