Monitoramento de balneabilidade é realizado em 157 pontos de acordo com a frequência de banhistas e adensamento urbano
Das 307 praias do litoral do Estado de São Paulo, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) monitorou a qualidade das águas em 157 locais diferentes. De acordo com a frequência de banhistas, geografia da praia e adensamento urbano, a Companhia define o local para monitorar. O relatório anual sobre a “Qualidade das Praias Litorâneas no Estado de São Paulo 2018“, foi divulgado nesta sexta-feira, 2 de agosto.
“Há várias décadas, a Cetesb possui e opera diversas redes de monitoramento ambiental para avaliar a qualidade do ar, das águas superficiais e subterrâneas, assim como das praias e águas costeiras para a população paulista”, explica a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias.
O estudo aponta que a média de porcentagem de coleta de esgoto nos municípios litorâneos está em torno de 70%, variando de 34,1% em Bertioga a 97,7% em Santos. O litoral de São Paulo possui cerca de 880 km de extensão de linha de costa e abrange 16 municípios.
As condições de balneabilidade das praias de São Paulo estão relacionadas diretamente com as condições sanitárias dos municípios, população fixa, afluxo de turistas (população flutuante) além das condições climáticas, entre outros aspectos.
Divulgação dos resultados
A divulgação das condições de balneabilidade é realizada por meio da emissão de um boletim semanal de balneabilidade que é disponibilizado para a imprensa em geral, entidades e órgãos interessados por meio do site www.cetesbhomolog.sp.gov.br, acessando os links Água → Praias → Mapa da qualidade e selecionando o município de interesse.
Classificação das praias
A Cetesb utiliza os critérios da Organização Mundial da Saúde – OMS para avaliar as praias. As orlas são classificadas em relação à balneabilidade, em duas categorias própria e imprópria, sendo que a primeira engloba três categorias distintas: excelente, muito boa e satisfatória.
Essa classificação é feita de acordo com as densidades de bactérias fecais na água do mar, resultantes de análises feitas nas amostras de cinco semanas consecutivas. A legislação prevê o uso de três indicadores microbiológicos de poluição fecal: coliformes termotolerantes, E. coli e enterococos.
A presença dessas bactérias nas águas não confere a elas uma condição infectante. Essas não são por si só prejudiciais à saúde humana; indicam apenas a possibilidade da presença de quaisquer organismos patogênicos de origem fecal e tornando desaconselhável a sua utilização para o banho.
Onda Limpa
O Programa Onda Limpa da Sabesp beneficia com coleta, afastamento e tratamento de esgoto os nove municípios da Baixada Santista: Bertioga, Guarujá, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Itanhaém, Peruíbe e Santos, levando a cobertura com rede de esgoto de 62% para 92%.
Na 1ª Etapa do Programa Onda Limpa, de 2007 a 2018, foram investidos cerca de R$ 2 bilhões, elevando o índice de cobertura de 62 para 81% na Baixada Santista. Já na 2ª Etapa, iniciada em 2018 com previsão até 2025, estão previstos mais R$ 1,4 bilhão de investimentos e a cobertura com coleta de esgotos saltará de 81% para 92%.
O programa é considerado o maior programa de saneamento ambiental da costa brasileira, o Onda Limpa vem contribuindo para a melhoria da saúde pública, da balneabilidade das praias e o incremento do turismo na região.