A malha ferroviária paulista apresenta atualmente 5,1 mil quilômetros, sendo 4.236 km em extensão e 900 km de linhas em pátios. É formada por um conjunto de linhas e ramais ligando o interior do Estado de São Paulo e as regiões do triângulo mineiro e do sudoeste de Minas Gerais à região metropolitana de São Paulo e ao porto de Santos. Ao longo desse trajeto, há ligação com outras ferrovias, a Sul Atlântica, a Centro Atlântica e a Novoeste.
A antiga Ferrovia Paulista S.A.- FEPASA, criada em 1971, foi em 1998 incorporada à Rede Ferroviária Federal S.A – RFFSA. Nesse mesmo ano, a malha foi privatizada pelo consórcio Ferrovias, sendo que a partir do início de 1999 a administração passou a ser da Ferrovias Bandeirantes S.A – FERROBAN . Em janeiro de 2002 a FERROBAN, juntamente com a FERRONORTE S.A – Ferrovias Norte Brasil e Ferrovias NOVOESTE S.A, passaram a fazer parte da “holding” Brasil Ferrovias S.A.
O modal ferroviário constitui um importante meio de escoamento de cargas em geral transportando 5,2% do total de cargas movimentadas no país. Entre essas cargas incluem-se produtos perigosos como álcool, coque, diesel, gasolina, óleos combustíveis, entre outros.
Característicos do transporte ferroviário são os grandes volumes de cargas simultaneamente transportadas haja visto a grande capacidade dos vagões, bem como o grande número dos mesmos em uma dada composição. Além disso, a malha ferroviária atravessa diferentes áreas, muitas com relevante importância ecológica ou socio-econômica. Nesse contexto, verifica-se que o transporte ferroviário de produtos perigosos oferece um grande risco à saúde, ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado. Portanto, ações preventivas e corretivas eficientes fazem-se necessárias no sentido de minimizar a geração e as conseqüências desses episódios.