Ferramentas antifascantes

Descrição e Uso
As ferramentas antifaiscantes são confeccionadas em liga de bronze fosforoso, necessárias em situações que exijam o emprego de ferramentas em ambientes com presença de gás, líquido ou vapor e inflamável.

Exemplo de ferramentas antifaiscantes:

  • Chave inglesa
  • Grifo
  • Mini pé de cabra
  • Martelo
  • Escova
  • Alicate universal
  • Alicate bico de papagaio
  • Espátula
  • Chave de fenda
  • Chave phillips
  • Chave tipo estrela

Podem ainda ser empregadas em tais situações ferramentas de sapa confeccionadas em PVC, fibra de vidro, etc.

Descrição e Uso
Aparelho de posicionamento geográfico por satélite. Bons modelos são os digitais de 12 canais, com indicação de altitude (3d) e boa precisão (acuracia de 15 metros). Devem ter uma boa memória para waypoints (pontos notáveis) e rotas, track back (rota reversa) e interface para mapas e download de dados.

Este equipamento é muito importante em emergências. É usado para marcar com precisão a posição geográfica da ocorrência. Com o odômetro digital pode-se delimitar zonas de risco (zonas quente, morna, fria), caracterizar áreas atingidas (extensões de rios, dimensões de manchas de óleo no mar, etc), e mapear com precisão os cenários acidentais. Do ponto de vista da segurança, possibilita o deslocamento seguro em regiões desoladas e ermas e favorece a localização de pessoas feridas ou desaparecidas.

Mantas, almofadas e barreiras absorventes

Descrição e Uso
Preenchidas com material hidrofóbico e oleofílico, estas peças absorventes são extremamente úteis na contenção e absorção de substâncias insolúveis em água como óleos combustíveis, petróleo e hidrocarbonetos em geral.

Uma vez que os absorventes utilizados são encapsulados e não se espalham no ambiente, podem ser sintéticos, com a vantagem de apresentarem alto poder de absorção. Cuidados especiais devem ser observados na manipulação deste material pois o rompimento das barreiras e almofadas em galhadas, rochas, hélices de barcos, etc, podem causar a contaminação do meio ambiente.

Outro cuidado essencial deve ser observado quanto a saturação destes absorventes. As peças devem ser recolhidas e destinadas adequadamente sempre que estiverem saturadas. Caso contrário, irão se transformar em fontes de contaminação pois começam a liberar o contaminante na água. Estes recursos são intensamente utilizados em vazamentos de óleo em corpos d’água como rios, represas, lagos e no mar.

Descrição e Uso
Esses produtos podem ser divididos em quatro categorias:

Orgânicos naturais
Os absorventes orgânicos aqui citados referem-se aqueles extraídos de matérias orgânicas e aplicados diretamente sobre os produtos a serem absorvidos sem que tenham sofrido qualquer tipo de tratamento químico ou físico. Exemplos destes absorventes são cortiça, palha, feno, bagaço de cana-de-açúcar, casca de coco, etc.

Orgânicos naturais manufaturados
São produtos de origem orgânica que após tratamento físico adquiriram propriedades oleofílicas aumentando significativamente a sua capacidade de absorção/adsorção. Exemplos destes absorventes são turfa, celulose, semente de algodão, etc

Orgânicos sintéticos
São produtos orgânicos obtidos industrialmente através de processamento físico e químico (isomerização, polimerização, oxidação, etc). Exemplos destes absorventes espuma de poliuretano, fibras de polietileno e polipropileno, copolímeros especiais, etc.

Minerais
São produtos de origem inorgânica extraídos diretamente da natureza ou após tratamento químico ou físico a fim de aumentar a sua capacidade de absorção/adsorção. Exemplos destes materiais são sílica, terra diatomácea, argila, perlita, vermiculita, etc.

Materiais absorventes minerais são em geral incompatíveis com ácidos inorgânicos (ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, etc), bases (hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, etc).

Materiais absorventes orgânicos são também incompatíveis com muitas substâncias químicas tais como ácidos, bases e oxidantes . O contato de absorventes dessa natureza com produtos das referidas classes pode provocar a ignição do absorvente.

Absorventes orgânicos sintéticos em geral possuem capacidade de absorção, em média até 70 vezes o seu peso em óleo enquanto que os absorventes orgânicos naturais ou manufaturados absorvem no máximo 15 vezes o seu peso em óleo.

Os absorventes orgânicos possuem a desvantagem de que sob determinadas condições absorverem água, o mesmo não ocorrendo com os absorventes sintéticos.

Alguns absorventes possuem vida útil limitada, não podendo ser armazenado por tempo indeterminado. Essa informação deve estar contida no rótulo e no material fornecido pelo fabricante.

Os materiais absorventes estão disponíveis comercialmente de diferentes formas:

  • A granel em sacos;
  • Tambores;
  • Baldes;
  • Encapsulados em barreiras, almofadas e mantas.

Alguns critérios para escolha do material absorvente:

  • Composição química provável;
  • Dados físicos e de toxicidade;
  • Riscos à saúde e ao meio ambiente;
  • Relação dos produtos que possam ser absorvidos;
  • Taxa de absorção;
  • Taxa de compressão;
  • Formas de aplicação;
  • Flutuabilidade.

Aplicação e aspectos de segurança
A operação de aplicação de material absorvente na forma de pó, sobre áreas contaminadas com produtos químicos, petróleo e derivados, deverá ser realizada de forma criteriosa, o que significa que após uma primeira camada uniforme do absorvente sobre o produto, deverá ser aguardado tempo suficiente para que ocorra o contato direto de ambos, podendo ser observado visualmente, como por exemplo a alteração da coloração do absorvente.

É importante obter informação precisa do fabricante sobre a forma mais apropriada de aplicação do absorvente, a fim de otimizar a mistura, obtendo-se a eficiência máxima de absorção.

A partir dessa aplicação, uma avaliação no local acompanhada por um especialista ambiental determinará a necessidade de uma nova aplicação ou não.

As pessoas envolvidas diretamente na aplicação de material absorvente deverão portar EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) e EPR (Equipamento de Proteção Respiratória) como luvas, botas, máscara filtradora para partículas sólidas e óculos de segurança de ampla visão. Essa operação deverá ser preferencialmente executada de costas para o vento.

A CETESB não recomenda e não permite a aplicação de absorventes sintéticos a granel em ambientes naturais. São apenas permitidos absorventes orgânicos em corpos d’água e/ou inorgânicos em solos naturais. Em todos os casos a prioridade é proceder o recolhimento do absorvente aplicado, tanto quanto possível. Absorventes sintéticos ou mistos só são permitidos na forma encapsulada (barreiras, almofadas, etc). Toda e qualquer operação com absorventes em ambientes naturais deve necessariamente ser acompanhada e orientada por agentes do órgão ambiental competente.

Tanque de contenção

Descrição e Uso
Tanque de contenção confeccionado em material resistente a produtos químicos, como neoprene revestido de PVC. Pode ter diferentes dimensões, para pequenos e grandes volumes. Deve ter boa resistência térmica e mecânica.

Este tanque é utilizado para recolhimento de produtos em pequenos vazamentos. Uma bomba normalmente recolhe o produto do ambiente e o transfere para o tanque no próprio local. Em vazamentos maiores, os tanques de contenção podem funcionar como tanques-pulmão, onde se transformam em estações intermediárias de bombeamento. Em certas situações onde o bombeamento é feito em regiões com intensos declives, podem ser montadas linhas com diversos tanques-pulmão, reduzindo o efeito da gravidade e viabilizando o bombeamento e remoção dos produtos.

Descrição e Uso
O exaustor/insuflador é um equipamento utilizado na remoção de atmosferas contaminadas do interior de espaços confinados.

Os equipamentos mais modernos possuem estrutura feita de polímeros especiais, o que caracteriza maior resistência mecânica, sem riscos de corrosão, maior vazão e pressão com menor peso e ruído, e devem atender a Norma Regulamentadora – NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados, e para o trabalho em Áreas Classificadas.

Os equipamentos mais modernos possuem estrutura feita de polímeros especiais, o que caracteriza maior resistência mecânica, sem riscos de corrosão, maior vazão e pressão com menor peso e ruído, e devem atender a Norma Regulamentadora – NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados, e para o trabalho em Áreas Classificadas.

Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Situações de confinamento de gases e vapores em espaços confinados, tais como rede de esgoto e águas pluviais, caixas de inspeção de sistema de telefonia, poços de rebaixamento, galerias subterrâneas, entre outros, é muito comum quando da ocorrência de acidentes com produtos perigosos. O risco é agravado quando o produto vazado se trata de um inflamável. Quando isso ocorre, a utilização do equipamento de exaustão é essencial para na manutenção do controle do risco.

Descrição e Uso
Rapel é uma atividade vertical praticada com uso de cordas e equipamentos adequados para a descida de paredões, encosta e vãos livres, bem como outras edificações.

Essa atividade exige a utilização de diversos equipamentos, dependendo da necessidade, como por exemplo, mosquetões de aço e alumínio, cordas, luvas, capacete, freio 8 (blocante) e baudriers (cadeirinha).

Nas emergências químicas, durante as avaliações de campo, há situações em que o desempenho dessa atividade é fundamental para alcançar os locais onde o produto vazado possa ter atingido.

Redundância, nessa atividade, é um fator de segurança.

Sistema de rádio comunicação

Descrição e Uso
É possível encontrar equipamentos no mercado fabricado em estrutura de metal fundido que lhe confere resistência em condições mais adversas, e proteção a choque, chuva, umidade, neblina, vibração, poeira, e variação de temperaturas.

A comunicação de riscos em emergências químicas é uma processo importante, para que o atendimento aos acidentes ambientais seja satisfatório. Esse processo se faz presente em qualquer etapa, principalmente entre os técnicos que atuam diretamente nas ações emergências.

Alguns equipamentos possibilitam a utilização de acessórios que permitem sua operação sem a utilização das mãos, o que facilita muito os trabalhos das equipes que atuam nas áreas quentes.