São substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, encontram-se em estado gasoso e que para serem liquefeitas precisam ser submetidas a temperaturas inferiores a -150ºC. Alguns exemplos destes gases encontram-se abaixo:
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Devido a sua natureza “fria”, os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue:
Riscos à saúde
Os gases criogênicos, devido a baixa temperatura, poderão provocar severas queimaduras ao tecido, conhecidas por enregelamento, quando do contato com líquido ou mesmo com o vapor.
Efeitos sobre outros materiais
Os gases criogênicos podem solidificar ou condensar outros gases. A temperatura de solidificação da água é de 0º C à pressão atmosférica. Isso quer dizer que a água presente na umidade atmosférica poderá congelar no caso de vazamento de uma substância criogênica, e se isso ocorrer próximo a, por exemplo, uma válvula (que pode ser a do próprio tanque com vazamento), esta apresentará dificuldade para a realização de manobras.
Também não se deve jogar água no interior de um tanque criogênico pois a água atuará como um objeto superaquecido (ela está entre 15 e 20º C) acarretando na formação de vapores e portanto aumento da pressão interna do tanque, podendo romper-se.
Intensificação dos perigos do estado gasoso
O vazamento de oxigênio liquefeito acarretará no aumento da concentração deste produto no ambiente o que poderá causar a ignição espontânea de certos materiais orgânicos. Por tal razão, não devem ser utilizadas roupas de material sintético (náilon) e sim roupas de algodão.
Um aumento de 3% na concentração de oxigênio provocará um aumento de 100% na taxa de combustão de um produto.
Explosão devido a vazamento de oxigênio e contato com substância oleosa.
Alta taxa de expansão na evaporação
Os gases criogênicos quando expostos à temperatura ambiente tendem a se expandir gerando volumes gasosos muito superiores ao volume de líquido inicial. Para o nitrogênio, um litro de produto líquido gera 697 litros de gás, enquanto que para o oxigênio a proporção é de 863 vezes. Desta forma, fica claro que os recipientes contendo gases criogênicos jamais poderão ser aquecidos ou terem seu sistema de refrigeração danificados sob pena de ocorrer a superpressurização do tanque, sendo que os sistemas de alívio poderão não suportar a demanda de vapores acarretando na ruptura do tanque.
(a parte visível não indica a extensão total da nuvem), dificultará a visibilidade e tenderá a se acumular sobre o solo pois a densidade do produto será maior que a do ar devido a baixa temperatura.